AT&N: Nos últimos anos vem aumentando muito os esforços da indústria para diminuir a poluição e o uso de energias mais limpas e renováveis na área de transporte. O mercado de caminhões teve grandes investimentos a partir de 2023, com a implantação da motorização Euro 6. E a indústria de implementos, em especial a área de refrigerados, o que tem feito para diminuir as emissões no transporte de alimentos refrigerados?
Patricia: A Thermo King vem inovando cada vez mais seus produtos, conduzindo nosso segmento a um patamar diferenciado, sempre buscando alternativas mais limpas e tecnologias que possam ajudar na redução de emissão de CO2 e outros componentes nocivos ao meio ambiente. A utilização do gás R452A, que tem 395 vezes mais poder de dissipação na atmosfera que outros gases refrigerantes, ajuda na redução do efeito estufa.
Equipamentos híbridos e elétricos são as mega trends do setor e a Thermo King está sempre à frente com soluções inovadoras, como equipamentos de distribuição elétricos, como o B100eco, E200 e EV500 além de equipamentos com stand by elétrico como os de distribuição, até cargas primárias, como o inovador Advancer A500, que tem uma economia de combustível de até 30%, reduzindo, assim, toneladas de CO2 dissipados na atmosfera.
Entrevistamos Patrícia Correa, Gerente de Marketing LATAM.
Agro Transportes & Notícias (AT&N): Patrícia, deixa o recado para os permissionários do Ceagesp, dos principais Ceasas do Brasil e das principais empresas de logística e movimentação de cargas refrigeradas.
Patrícia Correa (Thermo King): Caminhão rodando com economia de combustível e manutenção, transportando produtos com controle adequado de temperatura, carga de qualidade chegando no padrão exigido pelo cliente, é isso que a Thermo King e sua Rede de Concessionários oferece a todos que transportam nos Ceasas de nosso Brasil.
AT&N – O agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira. O empresário do setor costuma diversificar seus negócios, plantando várias culturas em seu sítio ou fazenda. Alguns empresários usam a carga refrigerada para levar seus produtos hortigranjeiros até um Ceasa ou supermercado / cliente final e fazem seu retorno com carga geral, sem ser refrigerada. Existe algum problema nesse frete de retorno, quando não se usa produtos refrigerados dentro de um baú refrigerado ? Quais cuidados ele deve ter nesse frete de retorno ?
Patrícia: Caminhões inadequados podem não ser capazes de acomodar corretamente a carga, ocasionando a perda do produto. Por isso, para o frete de retorno é de extrema importância que o transportador verifique as boas práticas de carregamento e transporte e, principalmente, assegurar se não há nenhum tipo de produto contaminante que possa, após seu transporte, contaminar a próxima carga de alimentos. Após a entrega desse produto não refrigerado é imprescindível que seja feita a higienização do baú, para que possa novamente ser transportado produtos alimentícios. Importante nesse caso seguir sempre as recomendações da Vigilância Sanitária.
AT&N – Falando da cadeia do frio, existem alguns cuidados que o motorista deve ter no transporte, para que a carga chegue intacta, com 100% de qualidade até o cliente final. Fale mais desses cuidados do transporte.
Patrícia: Nesse sentido, a Thermo King dispõe de vários treinamentos para motoristas no âmbito de boas práticas no transporte frigorificado e algumas noções básicas ajudam a preservar a integridade do produto transportado. Seguem abaixo algumas delas;
* Fazer o pré-frio no baú antes do carregamento
* Assegurar que o produto está entrando no baú na temperatura correta
* Usar cortinas de ar para o descarregamento
* Manter o equipamento desligado durante o carregamento e descarregamento (nesse item há um mito de que é melhor deixar o equipamento ligado para não perder o frio, mas não é uma prática correta. O correto é sempre desligar o equipamento quando estiver carregando e descarregando)
* Manter espaços entre as paredes, piso e teto do baú para que o ar frio possa circular por todo o compartimento
Com procedimentos básicos de boas práticas, o nível de perda do alimento já reduz bastante, além de aumentar o tempo de prateleira e qualidade nas mesas dos consumidores.
